segunda-feira, 19 de março de 2007
SOLD OUT!
Old House... Old Me?!
Despida de móveis, alcatifa e papel de parede. Apenas as quatro paredes resistem. Uma porta, quando a há, separa a poeira dos tempos.
Não choro quando a vejo despida. Apenas lamento que desse tempo tenha ficado tão pouco a recordar com saudade. Pouco mais que uma caixa-de-correio abandonada onde antigas facturas ainda se pagam.
Hoje preparo-me para erguer uma nova casa. escolher uma familia. Criar novos alicerces... sólidos. Dessa pequena casa que me acolheu aproveito as paredes e a porta (se ainda lá estiver). Talvez leve comigo as antigas facturas a pagar. Porque sei que as pagarei perpetuamente.
A caixa-de-correio espero fechá-la um dia e poder dizer: a minha morada é outra. Tem mais luz e cor. Tem a minha familia. Tudo começará de novo. Um círculo hermético de vida. Mas a minha antiga casinha não me receberá mais, nem ninguém me irá chamar para voltar...
ESTRUTURA - palavra-chave do diadomingo, 18 de março de 2007
Estou Além (António Variações)
Nao sei de que é que eu fujo
Sera desta solidao
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mao
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem...
quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem...
Quem nao conheci (...)
Esta insatisfacao
Nao consigo compreender
Sempre esta sensacao
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou(...)
Porque eu só estou bem
Aonde nao estou
sábado, 17 de março de 2007
The Reflection Lake...
quinta-feira, 8 de março de 2007
Boulevard of Broken Dreams (by Green Day)
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
ROSAS E ESPINHOS...
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
YOU AND YOUR MASK
Há já bastante tempo que não escrevo. Entretanto chegou uma época tipicamente border por excelência: CARNAVAL!
Sexo, álcool e samba. Não se assustem. Sou fiel ao meu namorado e ao meu fígado. Apenas me dediquei ao Samba!! :P hehe
É uma época de acting-outs sucessivos. Nada se pensa, tudo se age. Tentativas de se ser alguém, de se ser algo. Em busca de um faso Self presente numa fantasia, numa pintura facial de palhaço.
Tudo é consumível e descartável: drogas, álcool, o corpo e o espirito. Mas o pior nisto tudo é que, no Carnaval, o sofrimento se alivia, acreditam?? A falha preenche-se de qualquer coisa vã e fútil. Na cabeça ecoa o batuque de um tamborim. Não há tristeza (aparentemente). Não se percebe o vazio. Tudo é purpurina e glamour. A cor das serpentinas oculta a sombra do vazio do objecto. Agressões são uma constante para os mais descompensados que têm nesta época desculpa para tudo.
Com o fim do entrudo, enterram-se todas as personagens. Não há Self, não há nada... debaixo das pinturas permanece o buraco negro. E a vida continua.
Senti-me EXCELENTE este carnaval. Pouco sai. Disse "Não" a quase todas as práticas que faziam esta época. Não me peçam para dizer não ao Samba (isso ainda não aprendi a fazer) :) lol Vi nos outros um reflexo de mim há uns anos e não gostei do que vi.
Este Carnaval fui eu mesma. Abandonei desculpas, libertei-me de artificios. E sabem que mais? Soube muito bem! Hoje, com o fim do Carnaval, a minha personagem não acaba. Estou a reconstrui-la sobre bases sólidas. Sinto-me bem comigo.
RELAÇÃO ESPECULAR (relação em espelho)- palavra chave do dia